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Blog da Dra. Fernanda Rocha

Estresse crônico: o que é, sintomas e como combater?

estresse crônico

O estresse crônico é uma condição cada vez mais comum na sociedade atual e pode ter graves consequências para a saúde do organismo. Portanto, para lidar com essa condição, é importante aumentar a resiliência do corpo e saber como combater o estresse de forma saudável.

Neste artigo, primeiro exploraremos o que é o estresse crônico e como ele afeta o nosso organismo. Em seguida, forneceremos dicas práticas para ajudá-lo a lidar com o estresse de forma saudável e manter o equilíbrio do corpo.

Assim, aprenda como aumentar a sua resiliência e manter o estresse sob controle para uma vida mais saudável e equilibrada.

O que é estresse crônico?

O estresse não é ruim por si só, de fato, é uma resposta física natural a uma ameaça. No entanto, quando o corpo é excessivamente estimulado, desafiado ou sobrecarregado, o estresse pode se tornar prejudicial à saúde. 

Isso ocorre frequentemente em momentos de tensão, como na vida pessoal ou no trabalho, ou até mesmo em decorrência de notícias desfavoráveis. 

Quando isso acontece, a resiliência do corpo pode ser reduzida, resultando na perda da homeostase e, consequentemente, levando a doenças como insônia, transtornos alimentares, digestivos, depressão e hipertensão. 

Por isso, é essencial aprender a lidar com o estresse de forma saudável para manter o equilíbrio do corpo e prevenir problemas de saúde relacionados ao estresse crônico.

Sintomas do estresse crônico 

O estresse crônico pode ter efeitos prejudiciais à saúde em diversas áreas do corpo. Em situações de estresse, o cortisol é liberado e pode diminuir a atividade do sistema imunológico, aumentando o risco de doenças. Além disso, o cortisol limita a oferta de energia para outras células, incluindo os neurônios. Quando o estresse é prolongado, outras substâncias e mecanismos são desencadeados no organismo, resultando em uma série de sintomas e doenças.

  • No sistema digestivo, o estresse crônico pode causar sensação de estômago inchado, cólicas, constipação, diarreia e refluxo ácido. Podem se desenvolver síndrome do intestino irritável e acumulação de gordura visceral.
  • No sistema reprodutivo, pode ocorrer redução no desejo sexual feminino e disfunção erétil em homens. Agravamento dos sintomas de tensão pré-menstrual também pode ser uma consequência do estresse crônico.
  • Por exemplo, no cérebro, o estresse crônico pode levar à menor capacidade de concentração, falhas na memória e dificuldades de aprendizado. Além disso, pode acelerar o processo de perda de neurônios. 
  • No sistema vascular, o estresse crônico pode aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial, ampliando os riscos de acidente vascular cerebral. 
  • Na pele e cabelo, podem aparecer espinhas e ocorrer enfraquecimento dos fios, além do desenvolvimento de psoríase, dermatite tópica, alergia espontânea e até câncer de pele.

Em resumo, o estresse crônico pode ter efeitos prejudiciais à saúde em diversas áreas do corpo, e é importante tomar medidas para gerenciá-lo e reduzi-lo.

Alimentação e sono: aliados no combate ao estresse crônico

  • Alimentação

O equilíbrio do nosso organismo é afetado de forma significativa pelo Estresse Crônico. No entanto, podemos adotar hábitos alimentares saudáveis que auxiliam na busca pelo equilíbrio perdido. 

É importante, primeiramente, reduzir o consumo de alimentos inflamatórios e potencialmente alergênicos, como açúcares, glúten, leite de origem animal, crustáceos, entre outros. 

Ademais, é fundamental prestar atenção às intolerâncias alimentares, pois podem levar a inflamações e desequilíbrios na saúde da pele. Por isso, é necessário também reduzir o consumo de farinhas e açúcares refinados, já que elevados níveis de açúcar no sangue geram estresse no organismo. 

Cuidar da saúde gastrointestinal é crucial para manter o equilíbrio do intestino e da pele, sendo importante ingerir alimentos que promovam a digestão, além de incluir alimentos ricos em antioxidantes na dieta. 

Por fim, é indicado incluir alimentos que promovam a saúde da pele, como frutas vermelhas, vegetais verdes escuros, especiarias, azeite de oliva e abacate, além de fontes de proteína de qualidade e suplementos de colágeno na alimentação diária.

  • Qualidade do sono

O Estresse Crônico pode ser combatido através de uma boa qualidade de sono, que é considerada tão importante quanto a prática de exercícios físicos. 

Vamos conhecer os três fatores críticos:

O primeiro é o tempo que se passa na cama em relação ao tempo que se está realmente dormindo – é importante adormecer rapidamente e limitar o uso de dispositivos eletrônicos na cama, pois isso pode afetar negativamente o relaxamento e o sono. 

O segundo fator é a capacidade de adormecer rapidamente, geralmente em 30 minutos ou menos. 

Por último, é importante ter um sono contínuo e evitar interrupções ao longo da noite, pois isso pode afetar negativamente a qualidade do sono.

Quer saber mais sobre como sono afeta a nossa saúde mental?

Reduza o estresse crônico com atividade física e meditação

  • Atividade física

A prática de atividade física é fundamental para combater o Estresse Crônico, já que ela é capaz de ajudar o corpo a lidar com diversos sintomas ligados ao estresse. 

Dentre as vantagens estão a minimização da depressão e problemas emocionais, graças à liberação de hormônios que aliviam o estresse e promovem uma sensação de bem-estar. 

Além disso, a contração rítmica da musculatura aumenta os níveis de serotonina, neurotransmissor que ajuda a combater pensamentos negativos. Já os exercícios aeróbicos elevam o colesterol “bom” (HDL), o que facilita o controle da hipertensão arterial e ajuda a evitar o diabetes. 

No entanto, é preciso praticar atividade física com moderação, pois o overtraining pode prejudicar a saúde e o desempenho esportivo.

  • Meditação

A meditação é uma prática que pode trazer benefícios significativos para combater o estresse crônico. Segundo o diretor de pesquisa do Benson-Henry Institute for Mind Body Medicine, da Escola de Medicina de Harvard, John Denninger, os efeitos da meditação são biológicos e vão além do cérebro. Durante a meditação, quando estamos calmos e em paz, liberamos hormônios como a serotonina, a oxitocina e a dopamina, que ajudam a combater o estresse e estabilizar o sistema imunológico.

A meditação da consciência plena, também conhecida como “mindfulness”, é uma forma de começar a praticar a meditação. Tudo começa com a respiração, que é considerada a interseção do corpo com a mente, segundo Thich Nhat Hanh, mestre do zen-budismo.

Resiliência é a chave para combater o estresse crônico

Para começar, é importante reconhecer que a resiliência não é algo inato, mas sim uma habilidade que pode ser adquirida e desenvolvida ao longo do tempo. Além disso, é essencial lembrar que a jornada rumo à resiliência é uma construção gradual, que exige tempo e esforço para ser alcançada. Vamos para algumas dicas úteis:

  • Primeiramente, aceite os desafios como uma parte natural da vida. Em seguida, cultive pensamentos positivos e construtivos, concentrando-se em soluções em vez de problemas. 
  • Aprenda com as experiências passadas, analisando-as para extrair aprendizados que possam ajudá-lo a lidar com os desafios futuros.
  • Seja flexível e aberto a novas ideias e perspectivas, isso ajudará você a encontrar soluções inovadoras para os problemas. 
  • Invista em relacionamentos, pois ter um sistema de suporte forte e confiável é fundamental para a resiliência. Essas pessoas podem oferecer apoio emocional e prático quando você mais precisar.
  • Além disso, cuide do seu bem-estar físico e emocional, praticando atividades que lhe proporcionem prazer e satisfação. 
  • Por fim, defina objetivos realistas e alcançáveis, pois isso pode ajudá-lo a manter o foco e a motivação em momentos difíceis.

Além dessas dicas, é importante lembrar que a homeostase, ou seja, o equilíbrio do corpo e da mente, é fundamental para lidar com o estresse crônico

A prática de atividades como meditação, exercícios físicos e sono adequado e a busca de ajuda de um profissional são algumas formas de promover a homeostase e reduzir os efeitos do estresse crônico no organismo. 

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